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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Blog Intimidades de uma Escritora

Imagem: Francisco Milhorança



Não é um ciclo se fechando, pois tenho a vida como algo sempre em movimento, não-cíclica, aleatória, no eterno pulsar das horas, como se jamais deixasse de existir. As vezes penso que ela traz algumas pausas quando necessário, para nos fazer dar um suspiro, um aquecimento nos motores, uma afinada na respiração, e outras coisas mais que se prolongariam numa longa pausa, quase ininterrupta. Mas vivemos também da velocidade, da interrupção de tantas pausas.

 O Blog Intimidades de uma Escritora passa por um período de maturação, como os bons vinhos, um relaxamento com alguma pressa, pronto, não diria acabado, porque o que vier depois dele será sempre uma continuidade, uma extensão da mesma escritora que decidiu escrevê-lo (de suas prosas muito interiores), desde que chegou em outra cidade, talvez para viver e passar uma grande parte da sua vida, uma adaptação necessária, assim como na vida, inconstâncias, algumas constantes e muita adaptação a tudo.

O Blog continuará em funcionamento até porque atingiu o propósito inicial, mas será uma troca de ideias, re-postagens, trechos de alguns textos que marcaram, seja pelo conteúdo, pela profundidade, pela identificação das pessoas, pelo alcance nas redes sociais, pelos comentários publicados, pela impressão do Blog, o livro intimidades de uma Escritora.

 Minhas prosas, crônicas, divagações, histórias reais, imaginárias, ou seja lá o que for, continuarão a existir, realçadas por novos desejos e pela ânsia de alcançar sempre novos mundos dentro das pessoas. Elas sempre estarão em posição de voo dentro de si e isso me faz observar, bisbilhotar e buscar minhas criações de como poderia ser o mundo para cada uma delas, é só imaginar, criar, viver como se realmente tudo fosse real, e escrever, escrever, escrever!

 

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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Os anos podem passar

Imagem: disponível em Hanna Brescia in Pictures



Existem anos que não passam, parecem que ficam enferrujados, driblando o tempo dentro da gente, quando muito dos sonhos são finas peças de puro cristal, expostas na vitrine do nosso orgulho.



Que tudo passe, não apenas os anos, os momentos desagradáveis, mas que passem, se limpem, se esqueçam, sirvam de aprendizado a cada dia, porque os sonhos logo vêm, a vida também, principalmente quando temos a sensação que o dia, a semana, o mês, os anos passaram tão rápidos.



Apronte-se para o que o universo pode te oferecer, saboreie, erga a taça, sempre tenha algo a comemorar, nem que seja aos finais de semana – mas, tenha como algo grandioso em sua vida! – pois eles são esperados como grandes acontecimentos.



Gosto da palavra “deleite”, ela representa mais que gozo e prazer, é poética, sabe tirar sua fonte encantadora da vida, sabe revirar, encantar, mimar, produzir, brilhar por onde passa; a pessoa tem deleites sublimes, aí está o mistério das sensações! As vezes são bem efêmeros – os meus rodopiam, estilhaçam, gritam de tantas doses pesadas reunidas.



A pessoa pode até ultrapassar suas dores, mas precisam sobreviver delas, como fontes da luz, do caminho que se abre, do que se acredita para crescimento e aprendizado, como se encontra a fórmula do partir; tudo é fonte e nada necessita estar coberto de razão, pois existem asas que podem voar para lugares distantes, inenarráveis, indescritíveis de tanta beleza, que não necessitam de nenhuma razão para ser.



Adoraria parar, esquecer, seguir como o pássaro que se apega aos fetiche dos ar, fazer truques com as pernas soltas no ar, alcançar a profundidade impensada, amar demasiadamente a cada estalo do pensamento, sem fórmulas para explicar certos tipos de alucinações.



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domingo, 29 de dezembro de 2013

Viagem no mundo real



Imagem: disponível em Hanna Brescia in Pictures

Anseio, pelo lindo voo, talvez num balão colorido sumindo ao fundo do horizonte dourado, sem pensar no amanhã.

Necessito, de dentro da alma, não tenho como falar mais o que não cabe aqui, da minha forma imprudente ganhando o céu, sem medo ou culpas, numa viagem fascinante e imprevisível.


Esqueço, que existem medos tão chocantes que nem são mais medos, já são partes da pessoa que os têm, se contornando como os bustos fortes dos deuses.


Perdoo, como o sublime ato de bondade, de inconstâncias exageradas que mudam o rumo de tudo em poucos segundos, apenas o que se basta na concessão da palavra.


Vivo, existo, descobri mais: que estou a todo momento em contato com o mundo das pessoas, o mundo real que também é meu!

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