Imagem: Francisco Milhorança |
Intimidades de uma Escritora
Dos sonhos. Das pessoas. Da vida. Há sempre uma intimidade, algo que necessita emergir do interior, para que o mundo conheça seus personagens.
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
Os anos podem passar
Imagem: disponível em Hanna Brescia in Pictures |
Existem anos que não passam, parecem que ficam enferrujados, driblando o tempo dentro da gente, quando muito dos sonhos são finas peças de puro cristal, expostas na vitrine do nosso orgulho.
Que tudo passe, não apenas os anos, os momentos desagradáveis, mas que passem, se limpem, se esqueçam, sirvam de aprendizado a cada dia, porque os sonhos logo vêm, a vida também, principalmente quando temos a sensação que o dia, a semana, o mês, os anos passaram tão rápidos.
Apronte-se para o que o universo pode te oferecer, saboreie, erga a taça, sempre tenha algo a comemorar, nem que seja aos finais de semana – mas, tenha como algo grandioso em sua vida! – pois eles são esperados como grandes acontecimentos.
Gosto da palavra “deleite”, ela representa mais que gozo e prazer, é poética, sabe tirar sua fonte encantadora da vida, sabe revirar, encantar, mimar, produzir, brilhar por onde passa; a pessoa tem deleites sublimes, aí está o mistério das sensações! As vezes são bem efêmeros – os meus rodopiam, estilhaçam, gritam de tantas doses pesadas reunidas.
A pessoa pode até ultrapassar suas dores, mas precisam sobreviver delas, como fontes da luz, do caminho que se abre, do que se acredita para crescimento e aprendizado, como se encontra a fórmula do partir; tudo é fonte e nada necessita estar coberto de razão, pois existem asas que podem voar para lugares distantes, inenarráveis, indescritíveis de tanta beleza, que não necessitam de nenhuma razão para ser.
Adoraria parar, esquecer, seguir como o pássaro que se apega aos fetiche dos ar, fazer truques com as pernas soltas no ar, alcançar a profundidade impensada, amar demasiadamente a cada estalo do pensamento, sem fórmulas para explicar certos tipos de alucinações.
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domingo, 29 de dezembro de 2013
Viagem no mundo real
Imagem: disponível em Hanna Brescia in Pictures |
Anseio, pelo lindo voo, talvez num balão colorido sumindo ao fundo do horizonte dourado, sem pensar no amanhã.
Necessito, de dentro da alma, não tenho como falar mais o que não cabe aqui, da minha forma imprudente ganhando o céu, sem medo ou culpas, numa viagem fascinante e imprevisível.
Esqueço, que existem medos tão chocantes que nem são mais medos, já são partes da pessoa que os têm, se contornando como os bustos fortes dos deuses.
Perdoo, como o sublime ato de bondade, de inconstâncias exageradas que mudam o rumo de tudo em poucos segundos, apenas o que se basta na concessão da palavra.
Vivo, existo, descobri mais: que estou a todo momento em contato com o mundo das pessoas, o mundo real que também é meu!
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