Imagem:http://redeglobo.globo.com/talentos/gogoia/br-confidencial/platb/2013/03/12/atento-aos-sinais-de-ney-matogrosso/ |
Em sua turnê comemorativa
aos seus quarenta anos de carreira, o artista Ney Matogrosso retornou a Porto
Alegre, nos dias oito e nove deste mês de Agosto, para apresentar o show “Atento aos
sinais”. Não fui assistir ao espetáculo do Ney, mas parecia mera coincidência quando
li nos noticiários da TV, nos jornais, nas revistas e em muitos outdoors
espalhados pela cidade que o artista estava hospedado num dos hotéis mais tradicionais,
renomados e contemporâneos da cidade, localizado no Centro Histórico.
Penso sempre no estilo
carregado de mensagens, cores e malabarismos do Ney Matogrosso e seus
personagens interiores. É faustoso e incrível de ver sua corte e sua produção
colossal que fazem as almas flutuarem no ambiente.
O que inspirou o título
de sua turnê foi “Oração”, do compositor Dani Black. Confesso que ainda não conhecia
a música, mas quando ouvi senti algo mais inspirador ainda, pois em mim
explodia a oração que pedia o fim do vazio dos dias iguais, e que eu também não
iria ceder às provocações nem às tempestades do mundo. O amor era o que eu
pedia e o que Ney trouxera para o povo. Entrei no diálogo, na música, na oração
e me recriei.
Estou atenta aos sinais
do mês de Agosto. Nestes dias oito e nove, soube que Ney foi encantador com os
colaboradores do hotel e seus fãs que pediam autógrafos e estavam loucos de
curiosidade sobre a vida dele. Queriam ver o personagem mais de perto, com
perfeições e imperfeições, como humano, gente que vive no mundo real e podia
deixar uma mensagem de um artista que sabe viver e cantar a vida.
Eu acompanhara tudo de
perto, nesses dois dias, próxima aos atos e comentários, com minha discrição,
moderação e uma vontade louca de pisar logo aquele chão tão íntimo e ao mesmo
tempo desconhecido - que seria em breve meu novo local de trabalho -, o mesmo
que o Ney Matogrosso se hospedara e desfilava simpatia e humanidade para os que
o esperavam na porta do hotel, com câmeras, canetas e papeis na mão. Um
registro, apenas, e não se fala mais nisso!
Naqueles dias também eu
fui entrevistada, muitos olhares miravam em minha direção, assinei muitas
folhas – para mim era algo como um autógrafo, pois estava no palco da minha
profissão, me apresentando, crescendo, evoluindo com as oportunidades. Eu
estava em outro hall, oposto, mas sabia que dividia o mesmo espaço com o Ney. Todos
que estavam ali pareciam alinhados no mesmo ritmo da hospitalidade e do bem
receber.
Se
fosse somente sobreviver, não haveria motivos para continuar. Há algo maior: a
vida que se abre nas mãos, com novos personagens e pessoas reais que dão o tom,
a vibração e o sentido necessário - isto basta.
***
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