Translate

domingo, 11 de agosto de 2013

Sinais, cores e malabarismos da vida

Imagem:http://redeglobo.globo.com/talentos/gogoia/br-confidencial/platb/2013/03/12/atento-aos-sinais-de-ney-matogrosso/


Em sua turnê comemorativa aos seus quarenta anos de carreira, o artista Ney Matogrosso retornou a Porto Alegre, nos dias oito e nove deste mês de Agosto, para apresentar o show “Atento aos sinais”. Não fui assistir ao espetáculo do Ney, mas parecia mera coincidência quando li nos noticiários da TV, nos jornais, nas revistas e em muitos outdoors espalhados pela cidade que o artista estava hospedado num dos hotéis mais tradicionais, renomados e contemporâneos da cidade, localizado no Centro Histórico.


Penso sempre no estilo carregado de mensagens, cores e malabarismos do Ney Matogrosso e seus personagens interiores. É faustoso e incrível de ver sua corte e sua produção colossal que fazem as almas flutuarem no ambiente.


O que inspirou o título de sua turnê foi “Oração”, do compositor Dani Black. Confesso que ainda não conhecia a música, mas quando ouvi senti algo mais inspirador ainda, pois em mim explodia a oração que pedia o fim do vazio dos dias iguais, e que eu também não iria ceder às provocações nem às tempestades do mundo. O amor era o que eu pedia e o que Ney trouxera para o povo. Entrei no diálogo, na música, na oração e me recriei.


Estou atenta aos sinais do mês de Agosto. Nestes dias oito e nove, soube que Ney foi encantador com os colaboradores do hotel e seus fãs que pediam autógrafos e estavam loucos de curiosidade sobre a vida dele. Queriam ver o personagem mais de perto, com perfeições e imperfeições, como humano, gente que vive no mundo real e podia deixar uma mensagem de um artista que sabe viver e cantar a vida.


Eu acompanhara tudo de perto, nesses dois dias, próxima aos atos e comentários, com minha discrição, moderação e uma vontade louca de pisar logo aquele chão tão íntimo e ao mesmo tempo desconhecido - que seria em breve meu novo local de trabalho -, o mesmo que o Ney Matogrosso se hospedara e desfilava simpatia e humanidade para os que o esperavam na porta do hotel, com câmeras, canetas e papeis na mão. Um registro, apenas, e não se fala mais nisso! 


Naqueles dias também eu fui entrevistada, muitos olhares miravam em minha direção, assinei muitas folhas – para mim era algo como um autógrafo, pois estava no palco da minha profissão, me apresentando, crescendo, evoluindo com as oportunidades. Eu estava em outro hall, oposto, mas sabia que dividia o mesmo espaço com o Ney. Todos que estavam ali pareciam alinhados no mesmo ritmo da hospitalidade e do bem receber.


Se fosse somente sobreviver, não haveria motivos para continuar. Há algo maior: a vida que se abre nas mãos, com novos personagens e pessoas reais que dão o tom, a vibração e o sentido necessário - isto basta.

                                           ***

Nenhum comentário:

Postar um comentário