Foto: Sandra Vasconcelos |
Um canto. Uma viagem. A vida por si já se define de muitas formas!
Quando o
canto interrompe o silêncio que oprime, cresce o fluido de cores imortais que
se jogam ao infinito, driblando as doces vozes que aceleram a música dançante
do universo.
Como uma
bailarina ao fundo do salão, em seus devaneios ritmados, a vivência e seus mistérios
tornam os dias mais interessantes; trazem o propósito do burburinho das manhãs
azuladas pelos raios de sol, projetados num tipo de céu que se constroi de
nuvens cálidas e suaves, sob a chuva inesperada do sentido poético, quando a
deusa lua vem abraçar suas noites ao som da composição estrelar.
Como
ousar tanto, a ponto de percorrer lugares ermos, aquecida somente pela euforia
ardente de tocar o desconhecido com sua paixão desenfreada e intranquila? Bem
saberia eu responder, se não houvesse uma bailarina chamada vida, a acompanhar
meus trilhos de alegrias e tristezas, sem comoções, arrependimentos, nostalgias
falsas ou alegorias dos homens nus em suas emoções.
Minha
força, além do que se pode chamar de humana, ultrapassa as barreiras inconstantes
do medo, e dança melodiosamente sobre o desejo inexplicável de adentrar cada
momento como se fosse a derradeira epifania vivida, ou, supostamente sonhada.
Paradoxalmente, vivo a loucura apaixonante que rodopia a cabeça dessa bailarina que encanta, conquista e transcende à vida!
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Lindo texto, Patrícia! bjs
ResponderExcluirSandra