Imagem: Sérgio Pavanello |
Falar de sonhos remete a muitas práticas primitivas ou modernas que invadem
nossas mentes e necessitamos externá-las, fazê-las encontrar seu universo
próprio moldado dentro de cada pessoa – quase sempre desconhecido ou não
revelado.
Hoje, os sonhos são imensos, emaranhados, confusos, complexos... Eles têm
a ver com tudo o que nos move! Não basta sonhar dentro do futuro; existe o
momento presente que roga para que se faça em atos e que tudo adquira vida.
Parece que não nos importamos, não temos muita pressa, existe muito tempo
pela frente, à espera de nossas vidas feitas ou desfeitas – é um tempo que vive à espreita, andando junto, quase tomando nossas mãos e enlaçando os dedos.
As mostras enlouquecidas do que o mundo contemporâneo promete roçam
nossos narizes, como quem diz: “vem me buscar, custe o que custar!” Somos mexidos
por algo que não se entende nem se observa completamente, do contrário, seria
visto o caos interior; mas, desejamos, até o ínfimo espaço inacabado que não
tem preço.
É uma questão de escolha de cada um. Temos nossos gostos, desgostos,
utopias, distopias; guardamos livros que jamais serão lidos, como preciosidades
em nossas mentes; cultuamos artistas de novelas, filmes, romances; fazemos
roteiros de viagens transoceânicas; gostamos da boa gastronomia, daqueles pratos
indicadas pelos melhores chefs
nacionais e internacionais; vamos atrás do que se diz melhor, do assunto mais
badalado, da notícia do momento; não podemos ficar para trás porque sabemos que
não podemos voltar nenhum segundo, a menos que seja em divagações e sonhos
perfeitos (que dificilmente acontecem como um déjà vu) - esta é a lei.
Às vezes nem temos o pudor, nem somos politicamente corretos – acho
interessante quando me pego assim, fazendo algo fora dos padrões que conheço;
às vezes descubro mundos fantásticos, invejáveis, sem ter de ferir ninguém,
apenas vivê-los, antes que se desmanchem no ar.
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