Um canto. Uma viagem. A vida por si já se define de muitas formas!
Quando o canto interrompe o silêncio que oprime, cresce o fluido de
cores imortais que se jogam ao infinito, driblando as doces vozes que aceleram
a música dançante do universo.
Como uma bailarina ao fundo do salão, em seus devaneios ritmados, a
vivência e seus mistérios tornam os dias mais interessantes; trazem o propósito
do burburinho das manhãs azuladas pelos raios de sol, projetados num tipo de
céu que se constrói de nuvens cálidas e suaves, sob a chuva inesperada do
sentido poético, quando a deusa lua vem abraçar suas noites ao som da
composição estrelar.
Como ousar tanto, a ponto de percorrer lugares ermos, aquecida somente
pela euforia ardente de tocar o desconhecido com sua paixão desenfreada e
intranquila? Bem saberia eu responder, se não houvesse uma bailarina chamada Vida, a acompanhar meus trilhos de alegrias e tristezas, sem comoções,
arrependimentos, nostalgias falsas ou alegorias dos homens nus em suas emoções.
Minha força, além do que se pode chamar de humana, ultrapassa as
barreiras inconstantes do medo, e dança melodiosamente sobre o desejo
inexplicável de adentrar cada momento como se fosse a derradeira epifania
vivida, ou, supostamente sonhada.
Paradoxalmente, vivo a loucura apaixonante que rodopia a cabeça dessa
bailarina que encanta, conquista e transcende à vida!
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